quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Peça de teatro: Na feira. Texto coletivo. Alunos do módulo III B, manhã.

“na feira” (narração) Raquel: em mais um dia de feira, como sempre, na barraca de pastel, as Pessoas se encontram e as conversas acontecem. Inês: vem pessoal, comprem ervas, é só 1,00 r$! Valquíria: bom dia dona maria, o quê a senhora tem de bom aí hoje? Inês: aqui tem de tudo e é só 1,00 r$! Valquíria; a senhora tem erva doce ou cidreira? Porque na mata Não se acha mais! Inês: pois é menina! E essa história do rodoanel? o quê você acha? Valquíria: para alguns, pode ter sido bom, mas pra nossa região, está sendo Ruím! Jô: é verdade! Além da poluição, tem também o barulho dos Caminhões! Angélica: é isso aí! Sem falar nos aterramentos das nascentes de água e da Vegetação, acabando com a moradia dos animais! Cleide: concordo com vocês! O governo nos diz para economizar-mos Água e eles mesmos estão acabando com as matas e as nascentes. Lamark: bom dia! E essas barracas, têm licença? Inês: estamos tentando tirar! Isso é se você deixar! Lamark: vê um pastel aí! Jô: oh! Pode pagar! São 2,00 r$! Kelly: antes de o fiscal chegar, eu ouvi a conversa de vocês e eu acho Essa obra uma coisa linda, maravilhosa e vocês estão achando Ruím por quê? Lucivan: fica quieta! Você nasceu ontem! Essa obra causou muita Destruição na nossa região E seria melhor investirem nos trens! Jandira: é verdade! Eu me lembro! Era tão lindo ver o trem passar! . . . (Para finalizar será feita a leitura do poema RODOANEL).

Poesias dos alunos.

Oh! Poder Oh! São Paulo, querido Com tanto poderes e modernidade Tantos gostam e outros não. Começou tão pequeno, foi crescendo Hoje é uma imensidão Trazendo coisas boas e também poluição. O Rodoanel está ai, Trazendo destruição, uns gostam e outros não. Isto é o poder da modernidade desta grande nação. Maria Inês, módulo III A. Te amo. estou querendo pensar coisas bonitas estou querendo dizer coisas bonitas. estou querendo sentar com você mas falta-me coragem. por muito te querer te amo e temo te perder mesmo antes de dizer. O quanto te admiro, quanto te quero quanto te amo por isso fico aqui no meu canto tentando escrever o que eu poderia estar lhe dizendo cara a cara esperendo que meras palavas escritas me deixem mais perto de você. Kelly Aparecida , módulo III A.

Filme: Expedições: lixo urbano,

Professor Calasans, gostei muito do filme, Expedições: lixo urbano, que foi exibido ontem, 5de novembro. Seria bom que ele fosse mostrado em todas as turmas da escola, para que todos tenham consciência,que se nada for feito vamos ficar sem água. Marivan José Correa, módulo III B. Prof. Calasans, gostei do filme da reciclagem. Jandira Rosa de Jesus, módulo III B. Prof. Calasans, desculpe-me por não mandar a sua redação. Damião Gondin, módulo III B.

Poesias dos alunos

domingo, 2 de novembro de 2008

Projeto: São Paulo, viver e pertencer. Peça de teatro: Um dia na praça.

Projeto: São Paulo, viver e pertencer. Módulo IV B, manhã Seqüência No palco os mendigos já se instalam deitados em um canto. Narrador... 1ª cena: Os manos (embaixo do palco). 2ª cena. Entra José Leite, com o jornal, sobe no palco e se senta. Abre e jornal. 3ª cena. Zóio e Gigante. 4ªcena. Carlos entra e se senta junto ao José, que lhe conta a história da carcaça de frango. Depois continua a ler o jornal. 5ª cena. Enquanto a história está sendo contada a vítima do assalto vai subindo ao palco. Fica aflita com o atraso da amiga. 6ª cena. O assaltante sobe no palco correndo e a assalta. Sai correndo com a bolsa e a vitima vai atrás desesperada. Os dois que estavam sentados se escondem com o jornal e saem correndo da situação. 7ª cena. Os mendigos que presenciaram a cena do assalto vão se levantando, fazem sua fala e vão se retirando. 8ª cena. Os garis entram e varrem o pé de um dos mendigos. Fazem sua cana. 9ª cena. As vovós entram e se sentam fazendo crochê, etc. As duas moças da ginástica passam correndo e se retiram. As vovós fazem a sua cena e continuam sentadas. 10ª cena. Entra a professora de ginástica com as três alunas. Fazem alongamento, quando chegam as duas outras duas amigas correndo e atrasadas para a aula. A ginástica continua e as vovós assistem sentadas. A professora propõe que elas venham fazer alongamento e fazem uma roda. É de manhã. A cidade está acordando. Os primeiros raios de sol invadem a cidade. Em um bairro operário, na periferia os personagens iniciam mais um dia: ( fala do ladrão e da vítima) Wellington – Passa a bolsa. Passa a bolsa. Vai logo, passa. Cida – Não moço. Deixa eu ir embora. Wellington – Você só vai embora depois de deixar a bolsa. Anda logo, passa a bolsa. Cida – Eu não tenho nada nesta bolsa, só documentos. Wellington – Não te perguntei nada. Só quero que você passe a bolsa. Cida – O que você quer? Eu não tenho dinheiro. Wellington – Quero a sua bolsa e tudo que você tem. Senão você vai ver o que vai te acontecer. Cida – Tá bom! Moço, deixa eu ir embora? Wellington – Vai logo, rápido. Antes que eu mude de idéia. Vai...vai... Fala dos garis. Luis Caetano – Bom dia, Áurea! Áurea – Bom dia, Luis! Luis Caetano – Tá pronta para trabalhar? Áurea – To pronta! Vamos começar? Luis Caetano – Vamos. Áurea – Como vai à vida Luis. Luis Caetano – Vai bem Áurea, apesar de termos muito trabalho. Esse povo que joga lixo na rua, não pensa como é difícil para a gente. Áurea – É mesmo. Se eles jogassem lixo no lixo, a cidade seria mais limpa. Esta praça tem muitas lixeiras, mas as pessoas ainda jogam lixo no chão. Luis Caetano – SE eles pensassem um pouco, não jogariam papel de balas no chão. A praça é com se fosse a sala de nossa casa. Áurea – É mesmo Luis. Vamos almoçar. Já está na hora. Luis Caetano – Vamos! Fala das vovós Maria José – Tudo bem comadre? Como você está? Vitar – Tudo bem. E você Maria José? Maria José – Bem, Graças a Deus. Comadre, você se lembra quando nós íamos a pracinha, lá na cidade que nascemos? Vitar – Sim. Por que você tá falando nisso? Maria José – Porque o tempo que nos éramos jovens foi muito bom, né? Vitar – Era bom, comadre. A gente vivia paquerando os rapazinhos e eles nos paqueravam Maria José – A minha neta fala que os meninos de hoje não querem saber de paquera. Hoje eles só querem ‘ficar’. Mudou muito do nosso tempo para hoje. Vitar – Hoje vou no baile da terceira idade. Maria José – Ah, eu também vou. Lá tem muito homem bonito. Vitar – Então vamos embora comadre. Se arruma, pois já está tarde. Fala do vendedor de bala. Vendedor de balas – Balas, quem quer balas... tem de coco, mel e caramelo. Olha minha gente. Compre o pacote de balas é apenas um real. Quem quer? Vamos minha gente, me ajude comprando pelo menos um pacote de balas. Fala do mendigo Carlos – Vou ou não vou, vou ou não vou... Geruza – Por que você está cantando esta música? Carlos – Não sei. Geruza – Como você não sabe? Você que canta devia saber. Carlos – Ah, é que não tenho nada para fazer. Geruza – Como você não tem nada para fazer? Carlos – Porque eu só fico aqui sentado sem fazer nada. Geruza – Você não faz porque não quer. Tem muita coisa para fazer. Carlos – Como assim, não entendi? Geruza – Você pode trocar de lugar. Você está enjoado porque só fica no mesmo lugar. Vamos trocar de lugar. Carlos – É mesmo. Ficou bem melhor. Geruza – Não falei! Carlos – Realmente você é demais. Um dia na Praça. Peça em um ato. É de manhã. A cidade está acordando. Os primeiros raios de sol invadem a cidade. Em um bairro operário, na periferia os personagens iniciam mais um dia: Zé Luiz - E ai Jão? Wellington – Beleza mano. Como estão as coisas? Zé Luiz – Tamo chegando da balada. Mano, a coisa tá feia. Wellington – Colou lá na festa? Zé Luiz – Colei e não peguei nenhuma mina. Hoje o mar não tá pra peixe. To procurando uma mina pra casar e nada. Tá osso. Wellington – Calma mano. Você perdeu uma batalha e não a guerra. Mano, o melhor é ir dormir e se preparar para uma nova batalha. Zé Luiz – É isso que vou fazer mano. Valeu. Wellington – Valeu. Alguns instantes depois, um outro personagem aparece, Gigante. Wellington – Fala Gigante! Zé Carlos – E ai Zóio! Belê? Wellington – E essa marmita, tem jeito? Zé Carlos – Tira o zóio Zóio! Wellington – Se eu adivinhar a mistura você me dá a gema? Zé Carlos – Como você sabe que tô levando na marmita? Virou Mãe Dinah? Já tou vendo: Zóio, o profeta. Wellington – Nove entre dez marmitas a mistura é ovo estalado. Zé Carlos – Zóio, o busão já passou? Wellington – Que busão você vai pegar? Zé Carlos – O Bandeira. Wellington – Passou, mano. Tá lotado. Zé Carlos – Cada dia que passa parece que tem menos busão. É problema. Wellington – É o caos. Zé Carlos – Demoro 2 horas pra chegar no trampo. Mais 30 minutos de espera, isso é vida? Wellington - É soda. Zé Carlos – O jeito é fazer baldeação. Vou até a Dutra. Depois pego um para o Terminal Santo Amaro e outro para a Vila Olímpia. Vou pulando e galho em galho. Virei macaco, mano. Wellington – É Gigante, trabalhador parece que foi condenado a virar sardinha, só vive enlatado! Zé Carlos – A periferia precisa de transporte decente. A solução imediata é o Metrô. Quero virar tatu e deixar de ser macaco. Bom, vou para o ponto. Valeu Jão. Wellington – ( olha para o relógio) Tenho que ir embora. O Gigante, dá um tempo, eu vou com você. (continua)

Morar em São Paulo

Morar em São Paulo Morar em São Paulo, para mim, foi muito difícil, porque vim morar nesta cidade com 5 anos de idade. Tudo era muito estranho. As ruas eram de terra, quando chovia, ficava um lameiro só. As condições de meus pais eram poucas. A gente foi morar em um quartinho pequeno. Eu, meu pai, minha mãe e minha irmã. Aos poucos fomos conseguindo coisas melhores. Fui crescendo e comecei a ir para a escola, mas fiquei desinteressada. Comecei a faltar às aulas e, por fim, acabei saindo da escola. Daquele tempo pra cá, tentei estudar três vezes, mas não consegui terminar. Hoje voltei a estudar. Por quê? Eu via meus amigos estudando, minha cunhada, até pessoas mais velhas. Isso foi me incentivando. É para saber ler e escrever melhor, saber falar bem. Vou contar aqui uma coisa que aconteceu comigo: uma vez, fui preencher uma ficha de cadastro, quando fui entregar para a moça no balcão, a moça falou que tinha muitos erros. Fiquei muito chateada, mas não podia reclamar. Hoje estou aqui no Cieja e estou muito satisfeita. Lucivan, III A, manhã. Morar em São Paulo Quando eu me mudei para São Paulo, achei a cidade muito bonita e também agitada. As pessoas vivem sempre apressadas. Ora atrás do ônibus. Ora atrás do Metrô. Assim, passando umas pelas outras sem ao menos se olhar. Nessa correria do dia-a-dia, com todos indo em busca de seus objetivos, muitas vezes nos esquecemos de olhar o quanto São Paulo é uma cidade bonita e o que ela tem a nos oferecer. Hoje, posso dizer que gosto muito de morar aqui. Aprendi a ver o lugar onde vivo com outros olhos. Passei a admirar as belezas naturais que o bairro onde moro tem. A mata densa que preserva a fauna, a flora e as represas com suas águas límpidas. Morar em São Paulo é sempre estar correndo atrás de alguma coisa. Deuzinha, III A, manhã. Morar em São Paulo Nasci na cidade de São Paulo e sempre morei aqui. É ótimo morar nesta cidade, mesmo sabendo dos contrastes existentes. Porém, os mesmos não diminuem o prazer e a alegria de ser uma cidadã paulistana. Nós, os moradores desta grande metrópole, podemos usufruir de muitos benefícios e oportunidades que ela nos oferece. É claro que muitas vezes deixamos escapar algumas dessas oportunidades, como por exemplo: oportunidade de trabalho e principalmente de estudo. Também nem sempre temos condições de participar do que há de melhor na cidade. Mesmo com suas graves deficiências, tais como: transporte, segurança, saúde e educação, morar em São Paulo é participar e compartilhar do dia-a-dia de uma cidade caracterizada pela agitação e conviver com pessoas de diversos lugares, que faz desta cidade um lugar diferente, diversificado. Raquel Reimberg Santana, III A, manhã. Meu nome é João Alves. Minha terra natal é Coremas, no Estado da Paraiba. Em Coremas eu nasci vivi minha infância e a minha junventude.Foi um tempo das minhas alegrias, naquele cidade maravilhosa. João Alves, módulo III B. Moro em São Paulo. Nasci em um lugar chamado de Monte Verno. A cidade se chama Simonezia em Minas Gerais. Tinha dez anos de idade quando mudamos para a mata. Lá foi onde que me casei em 1949. Vivi lá até 1973, quando viemos para São Paulo. Geralda Estelita Bastos , módulo III B. Morar em São Paulo. Meu nome é Antonia. Nasci no Estado do Ceará. Meus pais não viviam bem, eles decidiran separar-se. Minha mãe e meus cinco irmãos tomamos a decisão de vir para São Paulo. Eu tinha sete anos e fomos morar na casa do meu avô, pai da minha mãe. Depois não deu certo e fomos pagar aluguel. Minha mãe foi trabalhar e nos fomos estudar. Depois passou uns anos, casei com dezesseis anos, fui morar longe da minha mãe, a quem respeito muito. Tenho três filhos lindos, que amo. Conheço toda cidade onde eu moro. A cidade de São Paulo acho bonita, mas muito violenta Precisa de mais atenção dos governantes, e cuidar da cidade com responsabilidade. Tem muita pobreza, tem muita injustiça, falta de oportunidade, de moradia, emprego e escolas. Mas se tiver força de vontade para viver nesta cidade, nós conseguiremos realizar todos os projetos. Meu sonho é ser feliz e comprar minha casa. Antonia Lioneide, módulo III B. Morar em São Paulo. Morar na grande metrópole é muito bom. Moro no Jardim Sabiá, na periferia de São Paulo, onde falta quase tudo: saneamento básico, esgoto e também uma área de lazer. Devido ao crescimento, o meu bairro foi esquecido pelos nossos governantes deixando nossa gente sem opção. Aceitar o que os governates propõem , não é nada agradável. No transporte coletivo e nos postos de saúde, que também a espera é de cinco horas para ser atendido. Devido as calçadas que são totalmente quebradas, mal dá para andar nelas, por causa disso aumenta os riscos de acidentes, principalmente com os idosos. Apesar com todos esses problemas , São Paulo é o melhor lugar para morar. Nós temos o objetivo de melhorar de emprego, crescer no mercado de trabalho. Para tudo isso acontecer temos que aprimorar nos estudos, que ele é fundamental em tudo que fizermos . Mostrar para nossos governantes que não tem diferenças de classes social e que trabalhando juntos o progresso é para todos. Morar em São Paulo cada um tem que fazer a sua parte, a sociedade e os nossos governantes. Por isso, fiquem atentos, nas eleições, o que cada candidato propõe, e que depois das eleições, não fique só no papel. Fique ligado!. Inês Vaz Domingues, módulo IV C.

sábado, 25 de outubro de 2008

Depoimentos após visita ao Parque Ecológico do Guarapiranga

Depoimentos após visita ao Parque Ecológico do Guarapiranga Devemos nos mobilizar. No último dia 11 de outubro, fizemos um passeio com os alunos e professores do Cieja Parelheiros ao Parque Ecológico do Guarapiranga, um lugar lindo, onde podemos observar a natureza. Encantei-me com a tartaruga a tomar sol e também com o viveiro que utiliza caixas de leite para fazer mudas das árvores nativas. No Parque Ecológico também surpreende o Museu do Lixo, onde os objetos do acervo é o resultado do processo de limpeza da Represa do Guarapiranga. O Museu é uma denúncia e busca conscientizar para não se jogar lixo nas ruas e na represa. O Parque tem a função de demonstrar que precisamos cuidar do meio ambiente, caso isto não ocorra, em 2025, teremos apenas um copo de água para cada habitante por dia. Vamos nos mobilizar para cuidar das áreas de mananciais. Regineide Rosa Alves, módulo IV C, 25 anos. Parque Guarapiranga Gostei bastante de ter feito este passeio, principalmente porque foi com meus colegas e professores do Cieja Parelheiros. Confesso que fiquei maravilhada com o Parque. Destaco a entrada e as passarelas de madeira. Outra coisa que achei muito interessante foi o Museu do Lixo. No Museu é possível ver os objetos que foram retirados da represa após um trabalho de limpeza. Carro velho, geladeira e muitos objetos. Fiquei feliz em saber que muitas pessoas trabalham para preservar a natureza e a água. Agradeço ao Cieja e aos professores por nos oferecer esta oportunidade de conhecer os danos à natureza e também conhecer lugares diferentes do nosso cotidiano. Lucimárcia Souza de Assis, módulo IV C, 34 anos. Um lugar muito bonito O Parque Ecológico do Guarapiranga é um lugar muito bonito, tem a trilha da vida, área de lazer e esportes e academia popular. Um lugar muito legal para as crianças de até 10 anos é o Parque da Aventura. Com passarelas de madeira sobre estacas que integram de maneira suave a paisagem e as construções, buscando não prejudicar as raízes das plantas e a drenagem natural. O Museu do Lixo, a biblioteca, o Centro de Informações e o Núcleo de Educação Ambiental formam um complexo que deve ser visitado por todos. Raimundo Pereira Rosa Sobrinho, módulo IV C, 27 anos.
Um dia diferente.
Pessoal, vocês não imaginam como foi legal esse passeio. Chegando no parque, logo fomos conhecer a sala onde tudo era feito com materiais de reciclagem. Ouvimos músicas sobre a fauna e a fauna, também vimos um vídeo sobre a falta da água e a miséria do país. Logo em seguida fomos ver o museu do lixo e depois fomos visitar o viveiro de plantas, onde todos ganharam uma muda para plantar. Passamos por vários lugares bonitos. A área toda verde, nem dar para acreditar que naquele lugar tivesse algo assim tão belo. Somente quem estava presente sabe dizer o quanto é importante preservar a natureza.Espero que um dia eu possa retornar a esse passeio.
Obrigada a todos os professores por essa oportunidade. Abraços, da aluna,
Inês Aparecida Vaz Domingues de Lima, módulo IV C.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Semana Cultural do Cieja.

Guerreiros e simpatizantes, Já se encontra em movimento as indagações e reflexões que fará ferver a 'nave do conhecimento' que carinhosamente a burocracia denomina de Cieja, mas que poderia ser 'plantação de flores'. Flores seria mais adequado. Vivenciamos alunos que se emancipam mediante a descoberta e a apropriação das palavras e de seus significados. Flores, alunos, que se apropriam das cores e passam a exalar perfumes de saberes e conhecimentos. Flores que passam a traçar caminhos após a construção das possibilidades de um novo dia.Poesia, teatro e cinema, são os ingredientes dos nossos planos para os dias 17,18 e 19 de novembro, dias em que as flores soltarão sorrisos através das pétalas. Aguardemos. Bye.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Projeto São Paulo: viver e pertencer.

Os estudantes do Cieja Parelheiros na Estação da Luz, marco da História da Cidade de São Paulo.

Memorial e os alunos do Cieja Parelheiros.

Pausa para as fotos.

Cieja visita Memorial do Imigrante.

Uma parada para a imortalidade.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

O valor de ser educador Ser transmissor de verdades,De inverdades...Ser cultivador de amor,De amizades.Ser convicto de acertos,De erros.Ser construtor de seres,De vidas.Ser edificador.Movido por impulsos, por razão, por emoção.De sentimentos profundos,Que carrega no peito o orgulho de educar.Que armazena o conhecer,Que guarda no coração, o pesarDe valores essenciaisPara a felicidade dos “seus”.Ser conquistador de almas.Ser lutador,Que enfrenta agruras,Mas prossegue, vai adiante realizando sonhos,Buscando se auto-realizar,Atingir sua plenitude humana.Possuidor de potencialidades.Da fraqueza, sempre surge a forçaFazendo-o guerreiro.Ser de incalculável sabedoria,Pois “o valor da sabedoria é melhor que o de rubis”.É...Esse é o valor de ser educador. A todos os educadores do CIEJA Parelheiros, Parabéns pelo trabalho desenvolvido e um óóóóóóóóóóóóóótimo DIA DOS PROFESSORES!!!!!!!!!! Márcia Alencar.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Parque Ecológico guarapiranga

A expansão da ocupação urbana desordenada, sobretudo a partir dos anos 70, levou uma parte considerável da população de baixa renda, expulsa das áreas mais valorizadas da Capital, a ocupar as regiões periféricas, algumas de risco, outras de proteção ambiental, como as margens da Represa do Guarapiranga, localizada na região Sul da cidade de São Paulo.Para amenizar o problema, a Secretaria do Meio Ambiente do Estado - SMA concebeu e inaugurou, no dia 3 de abril de 1999, o Parque Ecológico do Guarapiranga, para promover a preservação e proteção da fauna e flora no entorno da represa que tem o mesmo nome, além de proporcionar atividades de cunho cultural, ambiental e recreativo aos visitantes, sobretudo aos moradores da região, muitas vezes lembrada pelos altos índices de criminalidade.

Parque Ecológico Guarapiranga

A expansão da ocupação urbana desordenada, sobretudo a partir dos anos 70, levou uma parte considerável da população de baixa renda, expulsa das áreas mais valorizadas da Capital, a ocupar as regiões periféricas, algumas de risco, outras de proteção ambiental, como as margens da Represa do Guarapiranga, localizada na região Sul da cidade de São Paulo.Para amenizar o problema, a Secretaria do Meio Ambiente do Estado - SMA concebeu e inaugurou, no dia 3 de abril de 1999, o Parque Ecológico do Guarapiranga, para promover a preservação e proteção da fauna e flora no entorno da represa que tem o mesmo nome, além de proporcionar atividades de cunho cultural, ambiental e recreativo aos visitantes, sobretudo aos moradores da região, muitas vezes lembrada pelos altos índices de criminalidade.A unidade de conservação localiza-se no número 3.286 da Estrada da Riviera, no Bairro da Riviera Paulista, na zona sul da Capital. Com 250,30 hectares de extensão, ocupa 7% dos 28 km no entorno da Represa do Guarapiranga, constituindo uma proteção contra invasões e ocupações ilegais.A preocupação é mais que justificável, uma vez que a represa, um reservatório construído entre 1906 e 1908 para regularizar a vazão do Rio Tietê, é responsável pelo abastecimento de cerca de três milhões de pessoas que vivem na região Sul da Capital e em Taboão da Serra.

Aquecedor solar

Os aquecedores solares são equipamentos que reduzem significativamente os consumos de energia elétrica e de gás dos usuários de água quente. Um aquecedor solar bem dimensionado supre com facilidade em qualquer região do país mais de 70% das necessidades de água quente dos consumidores e os outros 30% são supridos com tecnologias convencionais como o próprio chuveiro elétrico ou aquecedores a gás. Com isto, um domicílio economiza por ano mais de R$ 400,00.
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Carlos Domingues, Professor Ciências da Natureza.

Chegando em São Paulo

Em 1984, chegamos em São Paulo, era tudo estranho para nós. Eu e minhas irmãs, nunca tínhamos visto tanta luz. Era uma coisa estranha. Ficamos assustados. Muito barulho. Carros, motos, não imaginávamos que estávamos em São Paulo. Que a cidade fosse tão imensa. Estava amanhecendo quando chegamos na rodoviária. Ficamos surpresos. Aquele imenso galpão e tanta gente, parecia um formigueiro. Minha mãe preocupada, segurava nas mãos das duas pequenas e pedia para a gente tomar cuidado com as malas. Saímos da rodoviária e fomos a um bar, onde minha mãe comprou um refrigerante, um pacote de biscoito e alí nós comemos. Foi um experiência engraçada, todos sentados e comendo. As pessoas passavam e ficavam olhando para a gente. Ao terminar o lanche fomos para o ponto e pegamos o ônibus para o Jardim São Rafael. No caminho minha mãe comentava alguns lugares, como: Santo Amaro, Socorro, Rio Bonito e a Cidade Dutra. O mais curioso é que notei, após passar pela Cidade Dutra, que havia muitas áreas verdes até chegarmos ao bairro. No bairro fiquei muito feliz, tinha mais mato do que casa. Fomos morar de aluguel e aos poucos fomos conhecendo as pessoas, A cada dia fazíamos mais amizades e o bairro foi se transformando. Novas construções, padaria, mercados, escolas e depósitos. Laércio Anselmo da Paz, módulo III A, Manhã, 41 anos.

domingo, 12 de outubro de 2008

Visita à Sala São Paulo.

Moradores da Paulicéia Desvairada, saudações. Em visita à Sala São Paulo, no último dia dezesseis de setembro do corrente, os alunos do Cieja Parelheiros foram agraciados com a belíssima exposição didática do regente Antônio Carlos Neves Pinto, que à frente da Orquestra Filarmônica de São Caetano do Sul, promoveu uma magistral explanação acerca do funcionamento de uma orquestra e a essência para se apreciar um espetáculo da denominada música erudita. Pyotr Ilyich Tchaikovsky, através da obra Romeu e Julieta, foi o tema escolhido para servir de pretexto para as explicações do eminente regente. O espetáculo Romeu e Julieta retrata a ‘popular história de amor entre dois jovens de famílias rivais, os Capuletos e os Montequios’. A visita é parte do projeto pedagógico do Cieja Parelheiros, que se da pauta nos conceitos contidos na idéia de formar integralmente o estudante, agregando novas vivências e valores que resultem em uma maior integração com o ambiente cultural da cidade de São Paulo. É importante salientar que antes da visita à Sala São Paulo, os estudantes receberam uma formação prévia que contou com o trabalho paciente e laborioso dos professores Marcelo, Itinerário Formativo, e Fátima, Linguagens e Códigos. Parabéns aos alunos que participaram e aos professores que tanto se empenharam. Adilson Campos Calasans, professor de Ciências Humanas.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

O Modernismo tomou corpo em São Paulo

O Modernismo no Brasil tomou corpo em São Paulo e, fundamentalmente, para São Paulo. Seus adeptos pretendiam dar o grito de independência cultural da metrópole industrial contra o “atraso” do resto do país. A maior parte das obras do Modernismo foi escrita com o olho na Europa, outro na Paulicéia desvairada - a nascente metrópole industrial povoada de burguesia e proletários, caipiras e estrangeiros, palacetes tradicionais e arranha-céus que vagamente começavam a despontar-, como a chamava Mário de Andrade, escritor e musicólogo modernista. Tal processo já vinha se desenvolvendo. Em 1921, como uma preparação para as agitações do ano seguinte, o escritor Oswald de Andrade atestava a relação, criada pelos modernistas de São Paulo, entre a velocidade da urbanidade paulistana pós-cafeeira e o advento e a necessidade de uma nova arte, que deveria expressar essa nova realidade. Os homens e as mulheres que fizeram a Semana de Arte Moderna, fundamentalmente os paulistas, nasceram por volta da década de 1890 e não chegaram a conhecer a pacata São Paulo agrária do início do ciclo do café, quando o centro da cidade compunha-se de poucas ruas tortas, uma catedral, alguns mosteiros e pequenos prédios públicos. O que eles conheciam era a cidade do boom industrial, mais hospitaleira para italianos e sírios do que para caboclos e ex-escravos; uma jovem metrópole que aparentemente ignorava a tradição. Porém, esses entusiastas testemunham de certos aspectos do desenvolvimento econômico paulista, diferenciado do restante do país do princípio do século, presenciaram também uma contradição básica no seio da sociedade que se modernizava: apesar do vigor e do dinamismo econômico de São Paulo, a sociedade urbana estava ainda repletos de elementos patriarcais e conservadores, ao mesmo tempo uma parcela da intelectualidade vivia num exercício de imitação dos padrões culturais europeus. O capital básico da economia paulista era então o cultivo e o comércio do café que, desde meados do século XIX, havia se tornado um importante bem de consumo mundial, à medida que se desenvolviam as cidades e a vida urbana. Tornando-se rapidamente o principal produto de exportação brasileiro, o café ditou as linhas do processo de modernização: nas duas primeiras décadas do século XX atingiu cerca de 75% do valor global das exportações. Estradas de ferro construídas e portos foram reaparelhados para que o produto fluísse para o exterior. Entre 1890 e 1920, a população brasileira cresceu de 14 para cerca de 30 milhões de habitantes, segundo os recenseamentos da época. Embora o crescimento urbano no país fosse menor que o rural, a cidade de São Paulo, entre 1900 ( quando começaram a circular os primeiros bondes elétricos da Light) e 1920, dobrou a população, o que já acusava o início de sua transformação em grande cidade industrial. Com a baixa dos preços do café e a superprodução no setor, parte dos lucros passaram a ser aplicados na indústria e no aparelhamento urbano ( energia elétrica, importação de máquinas, remodelação de ruas e avenidas, canalização de rios, etc.). A partir da deflagração da Primeira Guerra Mundial, a industrialização foi incrementada para atender a demanda interna de produtos manufaturados. Em 1920, a Ford instalou sua primeira fábrica de montagem no Brasil. No plano das comunicações, instalaram-se em 1922 novas linhas postais, telegráficas e telefônicas, surgindo também o sistema de radiodifusão, que firmava o ideal de modernidade e rapidez. A informação tornava-se fundamental para o progresso: criava-se a “locomotiva no ar”. Assim São Paulo destacou-se dos demais centros urbanos do país. Mesmo assim a segunda cidade em termos populacionais, detinha 33% da população industrial brasileira. Verificou-se um brusco surto industrial até 1918, gerando uma conseqüente e relativa mecanização da vida cotidiana (máquinas e novas construções passaram a fazer parte do dia-a-dia do habitante da cidade), o que fundamentou o tom “futurista” do discurso dos artistas e intelectuais. Aconteciam os primeiros ensaios de produção industrial em larga escala: manteiga Aviação, queijos de Minas, louças dos Matarazzo, tecidos populares, etc. Fonte: A Semana de 22- A aventura modernista no Brasil- Francisco Alambert- Ed. Scipione

Roteiro de Visita ao Centro da Cidade de São Paulo.

1-A antiga Sé foi demolida em 1911 para obras de ampliação da Praça da Sé. A partir de 1913, a catedral metropolitana, elevada à sede da arquidiocese, começou a ser reconstruída em granito com projeto neogótico do arquiteto alemão Maximilian Emil Hehl. Em 25 de janeiro de 1954, por ocasião do IV Centenário, a Sé foi inaugurada, mas com suas torres principais inacabadas. 2-Em 1927, a Igreja do Carmo recebeu torres projetadas pelo escritório de Ramos de Azevedo, mas, no ano seguinte, o governo do estado a desapropriou e demoliu, para a construção de uma grande avenida: a Rangel Pestana. 3-O Solar da Marquesa de Santos, construído em taipa de pilão no século XVIII, é o único exemplo que resta em nossa cidade desse tipo de sobrado de arquitetura aristocrática. Por mais de 30 anos, pertenceu a d. Domitila de Castro Canto e Melo, amante do imperador d. Pedro I. Domitila comprou o sobrado em 1834, depois de ter rompido o relacionamento com d. Pedro I. Lá morou com mais de cem pessoas, entre escravos, empregados e parentes que ocupavam o primeiro pavimento. 4-O Pátio do Colégio foi a primeira construção levantada na atual cidade de São Paulo, quando o padre Manuel da Nóbrega e o então noviço José de Anchieta, jesuítas a mando de Portugal, resolveram estabelecer um núcleo para fins de catequização de indígenas no Planalto.O Pátio do Colégio é o marco inicial no nascimento da cidade de São Paulo. O local, no alto de uma colina entre os rios Tamanduateí e Anhangabaú, foi o escolhido para iniciar a catequização dos indígenas. 5-Logo depois da fundação de São Paulo pelos jesuítas e da construção da Igreja do Carmo, os monges estabeleceram-se nas terras do planalto. A Igreja de São Bento foi construída em 1598. O responsável pela obra foi o frei Mauro Teixeira, paulista de São Vicente, discípulo do padre José de Anchieta, que ingressou no Mosteiro de São Bento da Bahia, depois de sua família ter sido morta pelos índios tamoios. 6 e 7-O Convento de São Francisco obteve autorização para sua fundação em 29 de novembro de 1624, mas a construção só teve início em 1639. Como o primeiro local foi considerado impróprio, frei Francisco das Neves determinou uma segunda construção, em 1644. Feito de paredes de taipa e largos beirais, o convento seguia a "tradição construtiva da região de São Paulo". Em 1828, o governo requisitou o edifício, retirou os religiosos, e o transformou em Academia de Ciências Sociais e Jurídicas, onde hoje funciona a Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Em 1933, teve início a demolição do convento, que ainda se achava em boas condições. Nessa ocasião, foram encontrados esqueletos humanos misturados à argamassa. Concluiu-se então que as paredes do antigo convento tinham servido de sepulcro aos monges. Assim, apesar da demolição, as arcadas do convento tornaram-se o símbolo da Faculdade de Direito. A construção foi dada como acabada em 1938, mas só terminou completamente na década de 1950. 8-Até a primeira década do século XX, o senhor comendador, o barão de Itapetininga (depois da baronesa de Itu), tinha uma chácara no Vale do Anhangabaú, região conhecida como o Morro do Chá, onde se cultivavam hortaliças e chá. Em 1877, o engenheiro francês Jules Martin apresentou um projeto para construir um viaduto de 180 metros de extensão sobre o Vale do Anhangabaú, para realizar a ligação entre a Rua Direita (o Centro Histórico) e a Rua Barão de Itapetininga, atravessando o Morro do Chá, cuja chácara estava sendo loteada. A "Companhia Paulista do Viaducto do Chá" iniciou, em 1889, o projeto de estrutura metálica, de origem alemã. Inaugurado em 1892, o viaduto media "240 metros de comprimento, dos quais 180 de estrutura metálica, com 14 metros de largura". 9-O Teatro Municipal de São Paulo é um dos mais importantes teatros da cidade e um dos cartões postais da capital, tanto por seu estilo arquitetônico semelhante ao dos mais importantes teatros do mundo como pela sua importância histórica, por ter sido o palco da Semana de Arte Moderna de 1922, o marco inicial do Modernismo no Brasil. A idealização de um majestoso teatro para a capital paulista baseou-se na crescente importância da cidade em âmbito nacional, esta que no início do século XX abrigava a alta burguesia brasileira, da qual grande parte tinha seus negócios nas lavouras de café, que concentravam um bom número de italianos em São Paulo. 10-Projetado pelo Escritório Micheli e Chiappori, o Viaduto Santa Ifigênia foi inaugurado em 1913 pelo prefeito Raymundo Duprat. Sua estrutura metálica, em ferro fundido, foi executada na Bélgica. Tem 225 metros de extensão e três arcos. As grades do guarda-corpo são em ferro forjado, em estilo Art Nouveau. A prefeitura obteve os recursos para a construção na Inglaterra, por meio de um financiamento, cuja última parcela foi paga somente nos anos 70. Com a construção do Viaduto Santa Ifigênia, o largo de mesmo nome transformou-se rapidamente e viu surgir vários edifícios no seu entorno.

Bairros Operários

Bairros operários (...) Em São Paulo, os operários concentravam-se no Brás, que, em 1893, com 32.387 habitantes , era o segundo bairro em população. Só perdia para o antigo bairro de Santa Efigênia , que tinha 42.715 habitantes. Esses números contrastavam com a situação encontrada em 1872, 21 anos antes, quando o Brás contava com 2.037 moradores, constituindo um dos menores bairros da Capital. A vida do Brás não era diferenciada de qualquer outro bairro operário de outras cidades, como Rio de Janeiro, Porto Alegre ou Campinas. Tudo faltava, tudo estava por fazer. As ruas não eram pavimentadas. Nos dias de chuva era aquele lamaçal, nos dias de sol era aquela secura e poeira no ar. Os viajantes que no final do século passavam por São Paulo e visitavam o Brás, descreveram o bairro como um lugar sombrio, submerso em nuvens de fumaça expelidas pelas chaminés das fábricas. A população sofria com as freqüentes falhas de água. A iluminação a gás existia somente em algumas ruas e o esgoto não passava de uma vala aberta em plena rua.(...) A higiene passava longe dos bairros operários. Neles, as doenças como a escarlatina, a varíola e a febre tifóide encontravam suas vítimas. A vida nesses bairros era passada na fábrica e no cortiço, que formava mais de um terço das moradias existentes em São Paulo. Residência típica dos operários , o cortiço era formado por um casario de um andar , de onde saiam duas fileiras de cômodos, lado a lado. Nesses aposentos baixos e sujos habitavam famílias inteiras de trabalhadores, às vezes compostas de oito a nove pessoas. No pátio interno, havia um área comum aos cômodos , um tanque, para lavar roupa e uma latrina que servia a todos. O ambiente era propício para o desenvolvimento da mortalidade infantil, cuja taxa na capital era uma das mais altas , segundo o próprio secretário dos negócios do Interior, Dr. Cesário Motta. (...) Na cidade do Rio de Janeiro, o centro urbano se adensou nas últimas décadas do século XIX, acarretando problemas habitacionais: não havia casas para todos. As habitações coletivas, os cortiços, prosperavam. Em 1888, estas habitações correspondiam a 4% dos prédios da cidade e abrigavam 12% da população. Mais de 20 mil pessoas viviam nesses pardieiros.(...) (...) O Rio de Janeiro, uma cidade portuária, por esta razão e pelo descaso do poder público em manter a higiene, apresentava as piores condições de salubridade. Rio e Santos- outra cidade portuária e de intenso movimento- eram as cidades mais insalubres do país, e serviam de palco para grandes epidemias . (...) A insalubridade do rio de Janeiro foi resolvida pela reforma urbana empreendida pelo prefeito Pereira Passos, em 1904. A reforma visou à remodelação do centro da cidade, a valorização desse espaço para o comércio e as finanças. Mas para isso foi preciso enxotar a população pobre do centro, mediante um aoperação que ficaria conhecida com "bota abaixo". Centenas de imóveis foram derrubados e , em seu lugar, surgiram avenidas alargadas e embelezadas. (...) Com a reforma urbana, a Capital da República transformou-se numa cidade moderna e higiênica...em cartões postais.(...) RIBEIRO, Maria Alice Rosa. Trabalhadores: fábrica e cidade(Campinas), p.17-18,1989.